Muitos estudos tem sido realizados nos últimos anos procurando entender como o sistema nervoso e doenças como o autismo e como está estruturado, de que forma ele realmente funciona em indivíduos que se apresentam com o desenvolvimento global de forma atípica como o autismo.
Autismo
Introdução
O transtorno do espectro do Autismo (TEA) é comumente tratado como uma desordem do neurodesenvolvimento que se inicia de forma precoce.
Possui um curso crônico, que não é degenerativo. O processo de diagnóstico é algo fundamental e clinico que engloba prejuízos no processo de desenvolvimento social, e alterações relevantes na comunicação verbal e não-verbal.
Essas alterações e surgem ainda padrões limitados e/ou estereotipados de formas de comportamentos e desejos, e alguns outros sinais ou sintomas clínicos e emocionais.
Como sabemos, a música é um fenômeno humano que nos cerca em todas as culturas que são conhecidas e é bastante utilizada como forma de entretenimento.
Isso favorece de forma considerável as experiências estéticas e acalma ainda crianças agitadas, elicia emoções, favorece a coesão social.
Podemos ainda através da música expressar nossa consciência religiosa e social, e demais funções que conhecemos (GFELLER, 2008).
Diversos estudo na área das neurociências vem demonstrando que existem substratos biológicos inatos presentes nos seres humanos que, simultaneamente, contribuem e constrangem a forma de como a música acontece.
Por exemplo, os bebês humanos mostram várias habilidades musicais a partir das primeiras semanas de vida, inclusive de maneira refinada pela percepção de alturas e padrões rítmicos, sabem localizar a fonte sonora.
A preferência por consonância à dissonância, e o correspondente movimento do som, e demais características da música que ajudam a criança com autismo.
Podemos destacar ainda que mesmo que aparentemente houver algum substrato neural inato para certos processamentos de dados musicais, a própria prática da música altera o cérebro em termos anatômicos e fisiológicos .
Nos nossos dias, entretanto, ainda não existe um consenso por meio da literatura científica que temos disponível se existe ou não uma trajetória para o desenvolvimento musical comum para as pessoas.
Se este desenvolvimento passa por etapas escalonadas ou se é realizado de uma forma contínua, nem se existem demarcações temporais peculiares de desenvolvimento como acontece em outras áreas do desenvolvimento motor ou da linguagem.
O autismo e o desenvolvimento de habilidades
Por exemplo, Kenney (2008) leva em consideração que entre os oito e os dezoito meses o bebê realiza as primeiras tentativas de sincronizar os movimentos e os estímulos musicais que eles ouvem, contudo.
Essa habilidade será dominada somente quando ele completar pelo menos três anos de idade.
Por volta dos cinco anos de idade, a criança já deve ter sido capaz de desenvolver as habilidades de palmear e também de andar sincronizando com o tempo da música.
Mas de acordo com Gfeller (2008), é por volta dos dois ou dos três anos de idade que a criança pode ser capaz de sincronizar de forma rítmica e se manter com a pulsação por curtos períodos de tempo.
Apesar disso, apenas por voltas dos quatro anos de idade é que esta habilidade poderia estar estabilizada em detrimento do desenvolvimento motor amplo e fino.
A literatura que temos disponível a respeito do Autismo afirma que uma intensa relação entre as pessoas com esse transtorno e a música, levando-se em consideração o aspecto não-verbal da música.
Relacionamento de crianças com autismo e outras crianças
Ela é o principal meio de engajamento entre o indivíduo e o TEA e ainda com seu interlocutor, ou quando é apresentada uma canção puramente instrumental, ou acontecimentos de um texto cantado ou simplesmente narrado (ALVIN, 1978).
Nas décadas remanescentes, diversos estudos e análises em neurociências vem demonstrando que tanto a música instrumental quanto as canções são formas de grande influência e excelentes fatores para analisar as emoções.
Sendo que não apenas podem eliciar respostar com clareza positiva e negativa, mas, ainda e especialmente, por estas resposta estarem cada vez mais consistentes apesar de que em pessoas de culturas distintas.
Até mesmo ativações foram registradas na amígdala, no hipocampo, no giro hipocampal, na insula, no lobo temporal e no estriato ventral, e outras regiões do cérebro.
Conclusão
Vimos neste pequeno texto, como a musicoterapia pode contribuir de forma eficaz no tratamento do transtorno do espectro autismo e como pesquisadores.
Estudiosos já confirmaram por meio de estudos e análise de que até mesmo áreas cerebrais são modificadas e algumas problemáticas são atenuadas através do uso da música como tratamento deste transtorno.
Assim, concluímos que sem sombra de dúvidas a música é comprovadamente uma ferramenta eficaz no tratamento de crianças que apresentam o transtorno do espectro autista.